sábado, 14 de novembro de 2009

Receita de amor

Amor, por ser coisa feita,
Não precisa receita...
Preciso que é,
O amor nasce pronto,
Não dá prá ser a La carte...
Como entrada, sugere...
Uma voz de mulher,
Em sua inocência astuta,
Costurando assuntos vários,
Revelando, ora uma santa,
Envolta em seus relicários...
Ora, deixando no ar,
Como que a sussurrar,
Que, de uma hora prá outra,
Sabe ser uma puta...
E, como ninguém, sabe amar...

Como prato principal...
Ah... Esse prato,
Diz a regra, deve ser quente...
Mas como o amor não tem regras...
O segredo é temperar,
Usando finos temperos,
Prosa e poesia, a gosto,
Muita literatura, cinema e arte,
E, destarte, uma pitada de ensejos...
E noites inteiras, amar...
De todas as formas possíveis,
Que aí, cabe o incabível...
Se houver sucesso...
Ouvir, sem muita surpresa...
Ela dizer, baixinho...
Eu quero sobremesa...

Nenhum comentário:

Postar um comentário